quinta-feira, 19 de maio de 2016

Imigração inglesa no Brasil e sua contribuição no desenvolvimento do país.





Os ingleses começaram a chegar muito cedo aos países das Américas - Latina e do Sul - ainda na época das grandes navegações. Não vinham propriamente como imigrantes, mas sob a forma de negociantes e aventureiros, ou mesmo piratas. No Brasil, eles acabaram alcançando larga influência econômica, que foi muito acentuada entre 1835 e 1912, quando começou a declinar, muito lentamente.

A influência britânica sobre a vida, a paisagem e a cultura do Brasil foi largamente estudada por Gilberto Freire, que define as relações entre a Grã-Bretanha e o Brasil ainda semicolonial como "mais ou menos imperiais". E cita, entre os efeitos da sua influência, o terno branco, o chá, a cerveja e o uísque, o bife com batatas, o pijama de dormir, o tênis e o futebol, a capa de borracha, os piqueniques, o escotismo, o lanche e o sanduíche.

Isso sem contar as inúmeras palavras inglesas incorporadas à nossa língua, que se anglicizou em todos os seus setores, ganhando verbos como chutar, driblar, boicotar, boxear, esbofetear, liderar. São ingleses o craque, o turfe, o iate, o esnobe, o rum, o cheque, o alô, o pudim, o revólver, o urra.

A presença dos ingleses em todos os setores econômicos chegou a provocar, nos fins do século passado [N.E.: século XIX], uma certa antipatia entre os brasileiros, que de certa forma os enxergavam como "colonialistas". É dessa época uma antiga trovinha de autor anônimo, cantada pelos moleques enquanto corriam atrás dos "misters":


Não se pesca mai de rede
Não se pode mai pescá
Qui já se sabe a nutiça
que os ingrês comprou o má

De qualquer forma, a influência inglesa no progresso industrial brasileiro pode ser medida pelas suas iniciativas nesse campo. No Brasil, as primeiras fundições modernas, o primeiro cabo submarino, as primeiras estradas de ferro, os primeiros telégrafos, as primeiras moendas de engenho moderno de açúcar, a primeira iluminação a gás, os primeiros barcos a vapor, as primeiras redes de esgoto foram, quase todas, obras dos ingleses.

Fonte:
http://marusasaki.blogspot.com.br/2012/09/imigracao-inglesa-no-brasil-e-sua.html


3 comentários:

  1. A presença dos ingleses no Brasil, seja por motivos diversos, piratagem, investimentos e destacadamente como imigrantes, nos trouxe benefícios grandiosos a nossa nação, tanto que eu descendo de ingleses e a minha família imigrou para o RS durante a Guerra Farroupilha (1835-1845), dando grande contribuição ao pampas gaúchos e posso afirmar até os dias atuais. Sou Inventor desde a década de 70, tempos da telefonia eletromecânica Ericsson usada na Telesp e CRT. Desde os anos 70, quando me descobri um Inventor, só trouxe maravilhas para telefonia RS e uma foi a solução para a implantação do DDR - Discagem Direta a Ramal e CTC - Central Telefônica Comunitária, pois no caso da CRT, as centrais telefônicas da mesma não permitiam em seus projetos Ericsson introduzir os respectivos serviços para os assinantes gaúchos. Apresentei o invento TTA á CRT, premiado no Concurso Talento Brasileiro de invenções ano 1988 pelo SESI, Jornal do Brasil e com a participação do INPI, permitindo à telefônica gaucha ampliar seus terminais telefônicos residenciais e empresariais (novos telefones PBX), solucionando na década de 80 e 90 o grande problema de falta de telefones no RS. Já o meu bisavô e avô Wother tinham sido empresários na primeira metade do século XX em Pelotas contribuindo com o crescimento econômico desta cidade gaúcha. Encerrando, houve em 1852 oficialmente a imigração britânica em Pelotas, formando a colônia D Pedro II em Monte Bonito e Capão do Leão, onde podemos destacar a famosa ETA Sinnott, empresa de tratamento de água em Pelotas e que porta o sobrenome britânico Sinnott. Estes imighrante britânicos procediam da Irlanda e Inglaterra. Estes dados histórico da colônia D Pedro II em Pelotas está na Internet. Os Wother conforme meu pai contava-me vieram de Wotherton (Ton=fazenda, no caso a Fazenda Wother), Wotherton ou Wother ton está registrado no Livro Domessday (ano 1086) de autoria do Rei Guilherme I da Inglaterra. Foi um prazer contribuir e meus cumprimentos ao responsável pelo site apresentando o histórico da imigração e contribuição inglesa no Brasil

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  2. Os ingleses começaram a chegar muito cedo aos países das Américas - Latina e do Sul - ainda na época das grandes navegações. Não vinham propriamente como imigrantes, mas sob a forma de negociantes e aventureiros, ou mesmo piratas. No Brasil, eles acabaram alcançando larga influência econômica, que foi muito acentuada entre 1835 e 1912, quando começou a declinar, muito lentamente.

    A influência britânica sobre a vida, a paisagem e a cultura do Brasil foi largamente estudada por Gilberto Freire, que define as relações entre a Grã-Bretanha e o Brasil ainda semicolonial como "mais ou menos imperiais". E cita, entre os efeitos da sua influência, o terno branco, o chá, a cerveja e o uísque, o bife com batatas, o pijama de dormir, o tênis e o futebol, a capa de borracha, os piqueniques, o escotismo, o lanche e o sanduíche.

    Isso sem contar as inúmeras palavras inglesas incorporadas à nossa língua, que se anglicizou em todos os seus setores, ganhando verbos como chutar, driblar, boicotar, boxear, esbofetear, liderar. São ingleses o craque, o turfe, o iate, o esnobe, o rum, o cheque, o alô, o pudim, o revólver, o urra.

    A presença dos ingleses em todos os setores econômicos chegou a provocar, nos fins do século passado [N.E.: século XIX], uma certa antipatia entre os brasileiros, que de certa forma os enxergavam como "colonialistas". É dessa época uma antiga trovinha de autor anônimo, cantada pelos moleques enquanto corriam atrás dos "misters":


    Não se pesca mai de rede
    Não se pode mai pescá
    Qui já se sabe a nutiça
    que os ingrês comprou o má

    De qualquer forma, a influência inglesa no progresso industrial brasileiro pode ser medida pelas suas iniciativas nesse campo. No Brasil, as primeiras fundições modernas, o primeiro cabo submarino, as primeiras estradas de ferro, os primeiros telégrafos, as primeiras moendas de engenho moderno de açúcar, a primeira iluminação a gás, os primeiros barcos a vapor, as primeiras redes de esgoto foram, quase todas, obras dos ingleses.

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